quarta-feira, 4 de março de 2020



No final da década de 60, passou a desenvolver a Bioquímica da Nutrição e, na década de 70, estendeu o conceito ortomolecular à Medicina em geral, como sendo “moléculas certas em concentrações certas”, caracterizando uma abordagem de prevenção e tratamento de doenças, bem como alcançando a saúde baseado em ações fisiológicas e enzimáticas de nutrientes específicos, como vitaminas, minerais e aminoácidos presentes no organismo. (LOBO, 2011). A Medicina Ortomolecular foi assim denominada e compreendida, em 1968, por Linus Pauling (BATELLO, 1991), como sendo: ─ Um conjunto de investigações terapêuticas fundamentais; ─ Técnicas terapêuticas; ─ Práticas de prevenção. Apesar de algumas teorias de Pauling, na área da Medicina, não terem se confirmado, várias das bases propostas por ele se revelaram tendências fortes para o futuro e vêm se desenvolvendo de forma dinâmica atualmente. São elas que funcionam como embasamento para as correntes da Medicina Ortomolecular atuais. Uma delas é a Biologia Molecular – uma parte da biologia que não para de crescer – e que explica em termos de atividades e características químicas das moléculas, vários dos fenômenos biológicos descritos na Medicina. Isso motivou a proposta de mudar o nome dessa corrente médica para medicina biomolecular. Hoje em dia esse é o nome mais usado pela comunidade médico-científica, mas popularmente “ortomolecular” ainda é o mais empregado. (GARCIA, 2008). Na Medicina Ortomolecular a compreensão dos mecanismos bioquímicos incluem: ─ Assimilação dos nutrientes indispensáveis à vida, aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas e minerais presentes na alimentação; ─ Metabolização; ─ Transformação química para a utilização celular; ─ Estudos das carências geradoras de desordens fisiológicas manifestadas por sintomas. A Medicina Ortomolecular reúne a medicina das funções com o conhecimento de biofarmacologia e de todas as ciências que estudam o organismo e o psiquismo. Dentro deste conceito deve-se primar por uma melhor qualidade de vida por meio de (BATELLO, 1991): ─ Uma dieta inteligente; ─ Exercícios aeróbicos moderados; ─ Administrar os problemas do cotidiano; ─ Aprender a se livrar dos metais pesados; ─ Abandono de hábitos suicidas, como fumo, bebidas alcoólicas, etc.; ─ Uso de substâncias que neutralizam a ação dos radicais livres. A Terapia Ortomolecular é recente no Brasil e ainda pouco conhecida. Não se trata, portanto, de uma especialidade nova, mas de um modo de gerenciar a saúde física e mental, cuja regra áurea é prevenir para não remediar, propondo detectar e corrigir os desequilíbrios das funções celulares em nível bioquímico-molecular, antes que se estabeleçam as doenças e, na vigência destas, somar suas propostas aos tratamentos convencionais de forma que sejam mais eficazes, por períodos menores e com menos efeitos colaterais. (CAMPOS, 2009). Vale lembrar que a Medicina Ortomolecular não é uma especialidade médica e, sim, um departamento de estudo médico vinculado à Clínica Médica e normatizada pela Resolução nº 1.938/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM). Considerando o contexto normativo, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira resistem em reconhecer a Medicina Ortomolecular como especialidade médica e entendem que ela é apenas uma estratégia terapêutica. Isso também se transformou em uma fonte de conflitos, já que pelas normas éticas o médico não pode divulgar uma especialidade não reconhecida pelo CFM. Contudo, em um futuro próximo, será necessário encontrar um espaço correto para a normatização da Medicina Ortomolecular, porque enquanto isso não acontece, todos saem perdendo, principalmente os pacientes. A resolução CFM nº 1938/2010 alerta sobre a necessidade de definir limites de emprego, indicações e critérios científicos para a aplicação de procedimentos associados à prática ortomolecular e para os riscos potenciais de doses inadequadas de produtos terapêuticos, tais como algumas vitaminas e certos sais minerais. Ainda existem poucos cursos de Ortomolecular no Brasil e a maioria é em nível de pós-graduação, com dois anos de duração e restrito a médicos. Os principais cursos são reconhecidos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e possuem um vasto conteúdo programático. A Medicina Ortomolecular deve ser exercida por médico com residência em Nutrologia, Clínica Médica ou Medicina Interna. Além disso, o médico que trabalha com as técnicas de terapia ortomolecular deve ter conhecimento de quais minerais e/ou vitaminas estão faltando no organismo do paciente, bem como elementos tóxicos que estão em excesso, a fim de evitar a produção excessiva de radicais livres e equilibrar a oxidação alimentar. A Medicina Ortomolecular é, antes de tudo, uma “medicina da saúde”. Muito antes de uma doença se tornar perceptível por meio dos sintomas, já existe uma disfunção celular, um desequilíbrio bioquímico, que a ingestão de micronutrientes busca compensar, devolvendo a saúde do organismo. Ela também pode ser entendida como a interação entre a Medicina e a Nutrição, visando tratamentos preventivos e curativos, além da promoção da saúde e obtenção de qualidade de vida. Para a terapeuta ortomolecular Cristina 0Maria Carrasco (2012), a Terapia Ortomolecular “sempre trata de dentro para fora, com a finalidade de despertar o corpo para um melhor equilíbrio”. Para que o organismo humano esteja em equilíbrio é preciso oferecer às células todos os elementos necessários ao seu funcionamento e retirar as substâncias tóxicas que prejudicam o metabolismo. O nosso organismo necessita de inúmeras substâncias que são utilizadas nas células para produção de energia e de novas moléculas. Embora as células sejam capazes de sintetizar centenas de substâncias diferentes, existem 45 que são essenciais e que o organismo não consegue sintetizar. São elas vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos, que precisam ser ingeridos por intermédio da dieta ou de uma suplementação. (GARCIA, 2008). Nos tempos modernos, conseguir todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo é difícil porque a indústria alimentícia e as agroindústrias expoliam os alimentos de diversos tipos de nutrientes e a eles adicionam substâncias estranhas ao ambiente fisiológico celular, que acabam por prejudicar o metabolismo (hormônios, antibióticos, conservantes, aditivos, edulcorantes e metais, que são muitas vezes tóxicos). A colheita, o armazenamento e o transporte de legumes, verduras e frutas reduzem drasticamente a quantidade de vitaminas e minerais neles contidos, sem contar a escassez de micronutrientes em nosso solo, como s0elênio, cromo, lítio, zinco e manganês. (GARCIA, 2008). Estudos científicos mostram que uma grande porcentagem de indivíduos de todas as faixas etárias, e de diferentes níveis socioeconômicos, não ingere ou não absorve a quantidade necessária de nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo. Além disso, o estresse profissional, financeiro ou familiar, hábitos como uso de cigarro, álcool, drogas e alimentação inadequada, ingestão de hormônios, agrotóxicos, herbicidas, exposição à poluição ambiental, contaminação por metais tóxicos (alumínio, chumbo, cádmio, mercúrio) e radiações solares, exercícios intensos ou falta de condicionamento físico (atletas de fim de semana) contribuem para o estresse oxidativo, associado à formação excessiva de radicais livres e o aparecimento de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e o envelhecimento precoce. (GARCIA, 2008). A teoria lançada por Pauling, que vem se mostrando cada vez mais importante, na gênese molecular de diversas doenças, é a teoria do estresse oxidativo. Em poucas palavras, a fonte da energia corporal, que é utilizada para mover todo metabolismo do corpo, vem da queima de moléculas de glicose e gordura, usando os átomos de oxigênio retirados do ar. Essa combinação com oxigênio, chamada de oxidação, eventualmente, pode formar compostos chamados de “radicais livres”, que tem o potencial de causar danos a moléculas ou processos orgânicos. Esse dano causado pelos radicais livres é o que a ciência médica chama de “estresse oxidativo”. Pauling mostrou que a vitamina C possuía uma ação antioxidante, por isso, protegia o corpo dessas moléculas instáveis (os radicais livres). As pesquisas atuais mostraram que além da vitamina C, outras vitaminas, enzimas, além de uma série de outras substâncias exercem atividade antioxidante e que é a eficiência desse sistema como um todo que protege o organismo dos danos causados pelos radicais livres. (BOTSARIS, 2012).

Linus Pauling e a vitamina C

sábado, 29 de junho de 2019

Terapia ortomolecular (Divulgação: Painel de Blogs do Dr. Paim)

O termo “ortomolecular” foi cunhado por Linus Pauling (Prêmio Nobel de Química em 1954 e da Paz em 1962), conhecido mundialmente por seus trabalhos e pela ênfase com que recomendou o uso diário de vitaminas (principalmente a vitamina C) e minerais.

Ele criou o termo “ortomolecular” juntando o radical orto (correto, em grego) com molecular – significando as moléculas – ou seja, uma medicina que fizesse as moléculas do organismo funcionarem corretamente.


Definição de ortomolecular 

O termo “ortomolecular” foi cunhado por Linus Pauling (Prêmio Nobel de Química em 1954 e da Paz em 1962), conhecido mundialmente por seus trabalhos e pela ênfase com que recomendou o uso diário de vitaminas (principalmente a vitamina C) e minerais. Ele criou o termo “ortomolecular” juntando o radical orto (correto, em grego) com molecular – significando as moléculas – ou seja, uma medicina que fizesse as moléculas do organismo funcionarem corretamente. (LOBO & SARAIVA, 2010). 

Pauling, o Pai da Biologia Molecular, criou esse termo inicialmente baseado em trabalhos randomizados e duplos-cegos do psiquiatra canadense Abram Hoffer, que conseguiu diminuir o tempo de internação de esquizofrênicos com o uso de doses elevadas de vitamina B3 (3g/dia). Pauling propôs que distúrbios mentais poderiam ser tratados pela correção de desequilíbrios ou deficiências de constituintes cerebrais, tais como vitaminas e outros micronutrientes, como alternativa à administração de drogas psicoativas sintéticas. (LOBO, 2011)


SAIBA MAIS

https://www.youtube.com/watch?v=J417G093fJw

quarta-feira, 4 de junho de 2014

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

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  • segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

    RESUMO DOS JORNAIS DE HOJE, 17-02-2015 (SEGUNDA FEIRA)

    17 de fevereiro de 2014
    Correio Braziliense

    Manchete: O racismo envergonha Brasília: 11 casos ao mês
    Os dois episódios de preconceito racial acontecidos na sexta-feira passada na capital são apenas a superfície visível de uma grave ferida brasileira, a discriminação de seres humanos pela cor da pele. Em menos de um ano, o serviço de denúncias por telefone recebeu 8 mil ligações, das quais 126 foram classificadas como racismo, uma média de 11 casos por mês, sem contar os registros de injúria. Menos de 24 horas depois de ter sido presa por insultos racistas a funcionárias de um salão de beleza na Asa Sul, a australiana Louise Stephanie saiu da cadeia por decisão da Justiça. Já a autora das agressões contra a cobradora Claudinei Gomes, xingada de “negra ordinária e preta safada" dentro de um ônibus, ainda não foi identificada. (Págs. 1 e 19)
    Câmara aumenta os gastos em 22%
    A bolada que os distritais devem gastar neste ano eleitoral é de R$ 404,5 milhões, dinheirama que será destinada principalmente ao pagamento dos salários dos funcionários, dos benefícios dos deputados e à manutenção da sede do Legislativo. (Págs. 1 e 17)
    Fiscalização: MEC visitará todos os cursos de direito
    A vigilância faz parte da estratégia montada com a OAB para frear a expansão de graduações sem qualidade. (Págs. 1 e 6)
    Segurança: Polícia Federal discute se vai atuar na Copa
    Instituição está dividida entre os que defendem a participação no Mundial e os que alegam desvio da função investigativa. (Págs. 1 e 2)
    Fora da Copa?
    Exclusão de Curitiba pode dar prejuízo de R$ 50 milhões. (Págs. 1 e Superesportes, 5)
    Concursos: armadilhas em série
    Falta de regulamentação força aprovados a recorrer à Justiça. Deficientes preteridos, demora na nomeação e questões esdrúxulas são algumas das reclamações. (Págs. 1, 7 e 8)
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    Estado de Minas

    Manchete: Procuram-se alunos
    Nove universidades federais de Minas ainda têm 5.029 vagas em aberto para este semestre

    Um mês depois da primeira chamada, cerca de um terço das 15.710 cadeiras oferecidas pelas instituições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que tem por base as notas do Enem, ainda não foram ocupadas. A UFMG é a que tem a maior lista de espera: 35,6 mil candidatos às 947 vagas restantes, correspondentes a 26,8% do total.

    A Universidade Federal de Viçosa (UFV) tem o segundo maior número de lugares ainda disponíveis, 910, e a expectativa é de que sejam feitas até 10 chamadas, a última programada para 18 de março. Já a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde restam 304 vagas, fará convocações até 2 de abril. (Págs. 1 e 17)
    Protestos na Copa: Divisão na PF é o novo problema
    Na disputa com o Exército por mais verbas, delegados insatisfeitos incluíram entre os temas para encontro da corporação proposta de não atuar em grandes eventos, alegando desvio da função investigativa. (Págs. 1 e 3)
    Direito: MEC vai restringir novos cursos
    Devido ao excesso de graduações e alta reprovação na prova da OAB, ministério fará inspeções nas escolas antes de liberar mais vagas. (Págs. 1 e 7)
    A longa luta pela terra
    Maurício Moreira dos Santos é presidente da Associação Quilombola de Mangueiras, no limite entre BH e Santa Luzia, uma das 184 áreas remanescentes de quilombos em Minas, que esperam pela titulação de suas terras, garantida pela Constituição. No país, 1.281 comunidades estão na fila e só 154 já conseguiram, das quais apenas uma no estado. (Págs. 1 e 4)
    Estiagem: Seca leva cada vez mais empresas a reciclar água (Págs. 1 e 10)

    Consumidor: Médicos cobram taxa extra para parto normal (Págs. 1 e 13)

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    Jornal do Commercio

    Manchete: Trânsito começa a mudar
    Montagem de camarotes do Galo altera o itinerário de 30 linhas de ônibus e mexe no tráfego do Centro. Ontem, destaque para Virgens, em Olinda; Nena e convidados, no Recife Antigo, e o lirismo, na Aurora. (Págs. 1, Capa dois - 8 e 10, Caderno C - 4 e 5 (dia a dia) e 8)
    Black blocs mais radicais nas ameaças
    Em entrevista ao Estado de S.Paulo, integrante admite até ataques a seleções estrangeiras durante a Copa. (Págs. 1 e 4)
    Inglês para Copa: Professores dizem que há tempo de aprender a língua. (Págs. 1 e 6 - Emprego e concurso)

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    Zero Hora

    Manchete: Burocracia e imprevistos
    Obras atrasadas em 1.027 escolas

    Programa criado para reformar 40% da rede estadual esbarra em falta de projetos, licitações demoradas e problemas na posse de terrenos. Até o final de 2014, só estará concluído em uma instituição. (Págs. 1, 4 e 5)
    No Tribunal: Dia de decisão para rodoviários da Capital
    Justiça avalia reivindicações da categoria, que fez greve por 15 dias e não descarta novos protestos. (Págs. 1 e 34)
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    Brasil Econômico

    Manchete: Dilma cedeu ao consenso de Washington, mas não tem oposição
    Carlos Lessa avisa que, aos 77 anos, tem o direito garantido de ser irreverente. Como se não tivesse sido a vida toda. Decano do estruturalismo, não poupa críticas ao governo da ex-aluna Dilma Rousseff, que não aproveitou as reservas do período de bonança para aumentar a taxa de investimento. Agora o vento mudou. Ele diz que a presidenta se dobrou às exigências internacionais. Mesmo assim, acredita que ela será reeleita: “Marina não é oposição e os meninos de Pernambuco e Minas também não”. (Págs. 1 e 4 a 7)
    Telefonia: TIM desiste de terceirização em área chave
    A operadora está contratando funcionários que trabalhavam como terceirizados nos setores de manutenção e operação de rede. A intenção é ganhar mais qualidade. (Págs. 1 e 13)
    Bolsa: Mais rigor para ações de centavos
    Bovespa estipula prazo de 180 dias para que as empresas que tenham papel negociado por menos de R$ 1, durante 30 dias, busquem uma solução ou serão banidas do pregão. (Págs. 1 e 20)
    Plano de negócios: Com lucros nas alturas, empresas de cosmésticos apostam em franquias (Págs. 1 e 19)